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Chapter 35 - Capítulo 34: Ecos Divinos - O Conselho das Cores

O choque entre a energia vital branca de Ash, a força de vontade verde de Naruto e a fúria vermelha e incontrolável de Akuma No Kenji abalava a clareira, ecoando como trovões em um dia de sol. A vegetação ao redor estalava sob a pressão das energias conflitantes, e os Pokémon selvagens fugiam apavorados do local da batalha.

Ponto de Vista de Ash Ketchum (Lanterna da Vida): A Resistência da Compaixão

O Anel Branco pulsava com uma energia protetora e reconfortante enquanto Ash tentava interpor-se corajosamente entre Naruto e o furioso Akuma No Kenji. "Pare com isso, Kenji! Essa raiva só vai trazer mais sofrimento para você e para os outros!" ele exclamou, estendendo a mão, da qual emanava uma aura curativa e pacificadora, um contraste gritante com a fúria que o rodeava.

Akuma No Kenji rugiu em resposta, seus olhos vermelhos brilhando com ódio. Construtos de energia vermelha em forma de garras afiadas, como lâminas flamejantes, investiram implacavelmente contra Ash. A energia vital do anel o protegia, dissipando parte da força dos ataques, mas a intensidade da fúria era avassaladora, fazendo Ash recuar alguns passos. Ash percebia a dor profunda e a traição que alimentavam a fúria do outro – uma dor que ele ansiava em curar, mas a muralha de raiva parecia impenetrável, quase física.

Ponto de Vista de Naruto Uzumaki (Lanterna da Força de Vontade): A Firmeza da Determinação

Naruto observava a batalha com uma determinação inabalável, seu olhar fixo em Kenji. Ele podia sentir a intensidade da raiva do Lanterna Vermelho, uma fúria cega que ameaçava consumir tudo, mas também a genuína preocupação de Ash com todos os seres vivos, uma compaixão que ele admirava. O Anel Verde brilhava intensamente em seu dedo, pronto para criar construtos de chakra que pudessem deter a fúria destrutiva de Kenji, se Ash não conseguisse acalmá-lo.

"Kenji!" Naruto gritou, sua voz ressoando com a autoridade de sua força de vontade. "Eu sei que você está sofrendo, eu sei a dor que você carrega, mas essa não é a resposta! Deixe sua raiva ir, encontre outra forma de justiça!"

Suas palavras, inesperadamente, pareciam atingir o Lanterna Vermelho por um instante, uma fagulha de hesitação em seus olhos furiosos. Mas a chama da vingança logo se reacendeu em seus olhos, mais forte do que antes, impulsionada por anos de dor. O confronto se intensificava, com raios de energia vermelha colidindo furiosamente com a aura branca de Ash e os construtos verdes de Naruto em uma dança perigosa de poder.

A Convergência: O Chamado de Zestial

De repente, antes que qualquer um pudesse desferir um golpe decisivo, uma onda de energia cósmica varreu a clareira, interrompendo abruptamente a luta. Uma luz intensa e ofuscante envolveu Ash, Naruto e até mesmo o furioso Akuma No Kenji. Em um instante, a floresta desapareceu, e eles não estavam mais na Terra, mas em um vazio etéreo e vasto, onde formas geométricas flutuavam em meio a um brilho suave e multicolorido, como uma tapeçaria de estrelas e cores.

Eles não estavam sozinhos. Um a um, os outros Lanternas Primais começaram a surgir ao seu redor, materializando-se no éter, cada um envolto na aura característica de seu anel ou manifestação de poder, seus olhos se arregalando com a súbita mudança de cenário. Gouyoku no Shosha resmungava sobre ter sido interrompido em sua busca por poder, sua aura laranja faiscando. Obi no Akumu olhava ao redor com uma cautela instintiva, seus olhos amarelos vasculhando as sombras. Aoi Hikari no Sōsha irradiava uma calma esperançosa, seu azul suave acalmando ligeiramente a tensão. Konjiki no Kaihōsha sentia a angústia dos outros, uma dor compartilhada que ecoava em seu anel índigo. Murasaki no Kizuna observava com uma curiosidade calma, sua aura violeta pulsando. Kage no Rekuiemu permanecia sombrio e silencioso, uma silhueta na escuridão. Kogane no Yorokobi brilhava com uma alegria suave, mas contida, e Shigai no Azatoi pairava nas bordas, suas tatuagens ultravioleta pulsando levemente com uma vergonha que se tornara poder.

No centro do vazio, a figura imponente de Zestial se materializou em toda a sua glória cósmica, seu olhar onisciente percorrendo o grupo heterogêneo de campeões reunidos.

"Meus Lanternas Primais," sua voz ecoou pelo vazio, não como som, mas como uma verdade telepática que ressoava em suas mentes, carregada de poder cósmico e autoridade. "Chegou o momento de um maior entendimento. De um Conselho das Cores."

A Conversa Divina: O Propósito das Emoções

Zestial começou a falar, sua voz ressoando com a profundidade de mil galáxias, revelando mais sobre a natureza dos anéis e o propósito fundamental de sua escolha:

"Os Anéis do Poder Primordial," ele explicou, sua imagem se tornando mais nítida, revelando detalhes de sua forma etérea e cintilante, "não são meros artefatos que conferem poder. Eles são fragmentos da própria essência das emoções que moldam a realidade e o universo. Cada um de vocês foi escolhido por sua profunda e inata conexão com uma dessas emoções, por serem sua personificação mais pura neste mundo."

Ele olhou para Akuma No Kenji, cuja fúria ainda fervilhava. "Sua raiva, embora muitas vezes destrutiva, é uma força poderosa, capaz de impulsionar a mudança, a justiça e a quebra de grilhões."

Seu olhar se voltou para Gouyoku no Shosha, que exibia sua cobiça abertamente. "Sua ambição e desejo insaciável podem levar à inovação, à superação de limites e à construção de impérios."

Para Obi no Akumu, que se encolhia ligeiramente. "Seu medo, quando compreendido e controlado, pode ser uma ferramenta inestimável de autoproteção, estratégia e percepção de perigos ocultos."

Para Aoi Hikari no Sōsha, que irradiava serenidade. "Sua esperança é um farol em meio à escuridão, capaz de inspirar os outros, de acender a luz onde há desespero e de guiar o caminho."

Para Konjiki no Kaihōsha, que absorvia a angústia dos outros. "Sua compaixão é o elo que une os corações, promove a cura mais profunda e a compreensão entre os seres."

Para Murasaki no Kizuna, que observava com um carinho inerente. "Seu amor é a força mais poderosa e unificadora do universo, capaz de criar laços inquebráveis e superar as maiores barreiras."

Para Ash, que ouvia atentamente. "Sua conexão com a própria vida é fundamental para a preservação, a cura e a renovação de Animus Aetherium."

Para Naruto, que sentia o peso de suas palavras. "Sua força de vontade inabalável é a base sobre a qual todas as outras emoções podem ser equilibradas, o alicerce da determinação."

Ele então se voltou para Kage no Rekuiemu, Kogane no Yorokobi e Shigai no Azatoi, seu olhar carregado de um mistério sombrio, mas sem julgamento. "Até mesmo as emoções que vocês personificam, com suas complexidades e nuances, têm seu propósito no grande esquema das coisas, embora seus caminhos possam ser mais desafiadores e incompreendidos."

Revelações sobre os Anéis e os Portadores: O Experimento Cósmico em Ação

Zestial continuou, revelando mais sobre a natureza intrínseca dos anéis e o papel dos Lanternas:

"Os anéis não são meros artefatos de poder a serem controlados. Eles são extensões de suas próprias almas, amplificadores de suas emoções mais profundas e verdadeiras. O poder que vocês exercem é um reflexo direto de quem vocês são em sua essência mais fundamental."

Ele explicou que o "mundo experimento" – Animus Aetherium – era um dos muitos universos que ele observava e, por vezes, influenciava. Era um crisol cósmico onde as emoções, em sua forma mais pura e amplificada, estavam em constante interação e evolução. Os Lanternas Primais eram uma forma de catalisar e direcionar essas emoções, buscando um equilíbrio cósmico que Zestial considerava essencial para a harmonia do multiverso.

"Haverá desafios imensos," Zestial alertou, sua voz se tornando mais grave. "Forças, tanto internas quanto externas, buscarão controlar o poder dos anéis para seus próprios fins egoístas. Vocês enfrentarão escolhas difíceis e testarão os limites de suas emoções, da sua força e da sua moralidade."

Ele mencionou brevemente a existência de outras entidades cósmicas (como os Personificados e os Primordiais) e possíveis ameaças ainda maiores que poderiam surgir do vazio, tornando a união e a compreensão entre os Lanternas Primais essenciais para a sobrevivência e a evolução de Animus Aetherium. O propósito não era eliminar as emoções, mas equilibrá-las.

O Retorno e o Legado: Uma Nova Consciência

Com um último olhar penetrante para o grupo reunido, um olhar que transmitia tanto expectativa quanto um desafio silencioso, Zestial desapareceu tão subitamente quanto surgiu. Os Lanternas Primais foram instantaneamente retornados aos seus respectivos locais em Animus Aetherium, cada um com novas e profundas informações, um senso renovado (ou talvez mais confuso e assustador) de seu propósito, e a inegável prova de que não estavam sozinhos em seus poderes.

Ash e Naruto se encontraram novamente na clareira, a tensão do confronto anterior com Kenji completamente esquecida diante da experiência cósmica que haviam compartilhado.

"Então... somos como... guardiões das emoções?" Naruto perguntou, sua voz cheia de uma confusão infantil, mas seus olhos sérios. "Para... para o universo?"

"Parece que sim," Ash respondeu, olhando para o Anel Branco em sua mão, seu brilho parecendo mais significativo agora. "Mas ainda há muito que precisamos aprender. E muito que precisamos fazer."

Akuma No Kenji havia retornado ao seu local de origem, a raiva ainda fervilhando em seu peito, mas agora misturada com uma ponta de confusão e incerteza pelas palavras de Zestial. Os outros Lanternas também ponderavam sobre o que havia acontecido e o que significava para o futuro de Animus Aetherium. A era do "Conselho das Cores" havia começado, e com ela, a promessa de conflitos e alianças que moldariam o destino do mundo.

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