Capítulo — O Trem, a Fábrica e o Plano de Sobrevivência
Daniel se virou para o grupo reunido no comboio, os motores ainda rugindo, os rostos suados e tensos após o confronto no armazém.
"Espere um minuto", disse ele, voltando para o armazém sem pressa aparente. "Esqueci de pegar uma das minhas armas lá dentro."
Alice levantou a sobrancelha, desconfiada.
"Você está brincando? No meio dessa confusão?"
Daniel deu um sorriso irônico.
"Confie em mim. Só um minuto."
Assim que ele atravessou as portas do armazém vazio, sua expressão ficou séria.
"Sistema, abra o inventário. Quero tudo deste lugar no meu inventário agora."
A voz suave e levemente provocativa da loli soou em sua mente.
"Você é tão mandão, Daniel-kun... Mas tudo bem. Ativando o protocolo de coleta."
Em segundos, o ambiente ao redor dele começou a desaparecer como pixels de videogame.
Caixas de suprimentos, hardware, peças de reposição, medicamentos, combustível... tudo desapareceu de vista, armazenado no vasto inventário de 1000 metros cúbicos fornecido pelo sistema.
Daniel observou com satisfação.
"Com isso, garantimos o suficiente para manter o comboio e o grupo por semanas, talvez meses, se formos inteligentes."
A loli finalizou com sua voz brincalhona:
— Pronto, tudo armazenado. Estoque: 17% cheio. Ainda dá para pegar muito mais coisas, sabia?
Daniel assentiu e caminhou calmamente de volta para o comboio.
Corte para a cena — Comboio a caminho da Fábrica de Automóveis
Os veículos avançavam pelas ruas desertas de Nova York. Ônibus blindados, caminhões-tanque e carros reforçados. Cada motor ligado era mais um passo rumo à sobrevivência.
O grupo, agora unido, rumou para o próximo objetivo: uma antiga fábrica de automóveis na zona industrial. Um lugar grande o suficiente para abrigá-los, fortalecer os veículos e, quem sabe, salvar mais vidas.
Dentro do ônibus principal, Daniel revisou os dados que tinha. Mais do que nunca, ele precisava entender quem estava ao seu lado.
Lista de sobreviventes e habilidades:
Marcos: Mecânico experiente, ótimo em adaptar e consertar veículos. Ele também entendia de eletrônica básica.
Lucas: Engenheiro automotivo, responsável por modificações pesadas e blindagens improvisadas.
Alice: Ex-agente da Umbrella, especialista em combate corpo a corpo, táticas de infiltração e armamento avançado.
Jill Valentine e Leon Kennedy: veteranos em combate contra armas biológicas, excelentes atiradores e estrategistas.
Claire Redfield: Enfermeira de campo e coordenadora de logística.
Outros civis resgatados: 15 pessoas, incluindo dois médicos, um cozinheiro, três jovens fortes, capazes de defesa e coleta, e um professor que cuidou das crianças.
Daniel fez as contas.
"Ainda somos poucos... mas com as habilidades certas, podemos crescer, sobreviver... e lutar." Alice se aproximou, sentando-se ao lado dele no banco. "Você está pensando em tudo ao mesmo tempo, não é?" "É o que eu faço", respondeu Daniel, olhando o horizonte pela janela blindada. O comboio logo parou em frente à enorme fábrica. O portão principal estava enferrujado, mas ainda de pé. O lugar parecia abandonado há anos, perfeito para o que planejavam. Cena na Fábrica de Automóveis "Certo, pessoal", disse Daniel, reunindo o grupo dentro do enorme armazém. "Esta será nossa base temporária. Temos combustível, temos veículos, mas não podemos baixar a guarda." Marcos e Lucas já estavam desmontando peças, adaptando chapas de metal em ônibus e caminhões. Jill e Leon patrulhavam o perímetro. Alice testava as armas que haviam coletado. Daniel organizou o estoque retirado do inventário discretamente, sem revelar o sistema. Papel higiênico, comida, água, remédios, peças de reposição, armas improvisadas… O grupo ficou impressionado, mas ninguém suspeitava da verdadeira origem.
"Encontramos isso no armazém antes de sairmos", Daniel mentiu, com naturalidade.
Horas se passaram na fábrica.
Os veículos começaram a se transformar: barras de aço reforçando as janelas, placas blindadas nas portas, pneus especiais. Caminhões-tanque prontos para apoiar o comboio em longas distâncias.
As crianças brincavam em segurança dentro da área controlada. Claire cuidava dos feridos. O grupo começava lentamente a se assemelhar a uma comunidade de verdade.
Alice se aproximou de Daniel enquanto ele revisava mapas e planos de ataque.
"E agora? Vamos atrás da base da Umbrella?"
Daniel olhou para ela com determinação.
"Sim. Eles começaram isso... vamos terminar. Mas primeiro, precisamos estar prontos. Veículos, combustível, armas... e um plano de fuga."
Alice sorriu levemente.
"É uma loucura. Mas eu adoro." O sistema piscou mais uma vez:
"Pontos disponíveis para distribuição: 3 — Cristais acumulados: 845 — Lembre-se: a Loja do Sistema contém itens especiais."
Daniel fechou os olhos por um instante. Estava dois passos à frente, e ninguém ali precisava saber. Ainda.